Terapia baseada em Regressão ajuda a resolver traumas

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Terapia baseada em Regressão ajuda a resolver traumas

Voltar ao passado e resolver problemas que ficaram escondidos na memória. Mais que isso, acessar lembranças possivelmente experimentadas em outras vidas e trazê-las ao presente para superar traumas e bloqueios. Esse é o objetivo da chamada terapia de vivências passadas, uma técnica terapêutica que, através da hipnose, leva os pacientes a estados alterados da consciência que facilitam o acesso ao inconsciente profundo.

Celso Pacheco
”A técnica é embasada em fundamentos científicos e só pode ser utilizada por profissionais especializados”, ressalta o psicoterapeuta Cláudio Américo Sproesser

Utilizada desde o século XIX, a terapia desperta interesse e curiosidade e, de tempos em tempos, ganha a atenção da grande mídia através de filmes e novelas, como a nova atração que a Rede Globo começa a exibir amanhã. Em ”Amor Eterno Amor”, nova novela das 18 horas, uma das personagens será uma psicóloga especializada em regressão.
O tema, apesar de envolto em uma aura de mistério, ultrapassa o limite das crenças e não se associa à fé no espiritismo ou em reencarnação. ”A técnica é embasada em fundamentos científicos e só pode ser utilizada por profissionais especializados com formação em psicologia ou médicos que atuem na área de saúde mental”, explica o psicoterapeuta Cláudio Américo Sproesser, especializado na chamada terapia de vivências passadas e que, desde 1989, já realizou mais de 20 mil regressões em pacientes.
”A volta pode ser a um passado pretérito (na atual vida) ou remoto (passado indefinido). O objetivo é levar a pessoa a compreender o que a incomoda”, explica. Segundo ele, todos os seres humanos trazem sentimentos reprimidos. Durante a regressão, é possível acessar fatos traumáticos não resolvidos e reprimidos no inconsciente profundo, que afloram no consciente com liberação de conteúdo emocional. ”Volta-se ao momento em que ocorreu o trauma e, com a experiência de vida atual, o indivíduo torna-se capaz de compreender o fato e superá-lo.”
Diante dos problemas, o psicoterapeuta alerta que existem dois caminhos a serem tomados: lutar ou fugir. ”Quem foge guarda ressentimentos. Quando a pessoa entende que pode lutar, consegue superar”, acrescenta, lembrando que no processo terapêutico convencional alguns pacientes apresentam fuga, bloqueio ou resistência para falar sobre os traumas. ”Nesses casos, a regressão ajuda a liberar os sentimentos.”
O psicoterapeuta esclarece, também, que a terapia de vivências passadas não implica na crença em reencarnação. ”É um psicodrama. A pessoa volta e revive verdadeiramente uma situação traumática em um passado que não precisa ser definido”, diz. O importante é que o processo leve à catarse capaz de liberar emoções contidas. A experiência do psicoterapeuta indica que, nas regressões, a maioria das pessoas vivencia momentos da vida de indivíduos comuns. ”Nunca tive um paciente que tivesse sido rei ou rainha.”
A regressão requer muita responsabilidade do profissional, que precisa ter passado por especialização de dois anos para praticá-la. ”É indicada para pessoas que sofreram traumas, mas não pode ser utilizada em portadores de doenças psíquicas ou indivíduos com cardiopatias, hipertensão ou mulheres grávidas”, enfatiza.
Apesar de não haver limite de idade para se submeter à técnica, é preciso ter motivos que justifiquem. ”Não dá para fazer uma regressão apenas para satisfazer a curiosidade”, reforça. A terapia pode incluir mais de uma sessão, até porque a história da pessoa pode ter mais de uma situação traumática ao longo da vida.
Sproesser compara a terapia de vivências passadas a uma ”cirurgia intrapsíquica”. ”Isso significa que, após a sessão, é necessária uma ‘assepsia pós-cirúrgica’, ou seja, trazer o paciente à realidade e levá-lo a compreender o fato passado”, diz.

Autor: Carolina Avansini

Fonte:  https://www.folhadelondrina.com.br/reportagem/terapia-baseada-em-regressao-ajuda-a-resolver-traumas-793300.html

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